quinta-feira, 19 de fevereiro de 2009

O bêbado e a equilibrista

O Bêbado e A Equilibrista
Caía a tarde feito um viaduto
E um bêbado trajando luto
Me lembrou Carlitos...
A lua
Tal qual a dona do bordel
Pedia a cada estrela fria
Um brilho de aluguel
E nuvens!
Lá no mata-borrão do céu
Chupavam manchas torturadas
Que sufoco!Louco!
O bêbado com chapéu-coco
Fazia irreverências mil
Prá noite do Brasil.
Meu Brasil!...
Que sonha com a voltaDo irmão do Henfil.
Com tanta gente que partiu
Num rabo de foguete
Chora!
A nossa PátriaMãe gentil
Choram MariasE Clarisses
No solo do Brasil...
Mas sei, que uma dor
Assim pungente
Não há de ser inutilmente
A esperança...
Dança na corda bamba
De sombrinha
E em cada passo
Dessa linha
Pode se machucar...
Asas!
A esperança equilibrista
Sabe que o show
De todo artista
Tem que continuar...

Nenhum comentário:

Postar um comentário